sexta-feira, 29 de julho de 2011

Portas da Alma



Lá fora as janelas choram, suas lágrimas cristalinas rastejavam sobre elas carinhosamente, e levavam toda a sujeira que as infestavam antes. Depois de uma noite inteira chorando, as janelas viram o sol e ele delicadamente secou suas lágrimas, reconfortando-as. As janelas transpareceram, pois depois de tanto sofrimento finalmente estavam livres do que lhes era insignificante, que cobria a visão delas e de todos com quem vivia. Finalmente ela podia compreender quão lindo era o lado de fora, e igualmente eles podiam compreender como elas eram em seu interior, expressando total transparência.

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