quinta-feira, 9 de junho de 2011

Punhal Desferido



Sinto como se estivesse cometendo um sacrilégio por não te amar, assim como tu cometes por amar pessoa tão errada e defeituosa. Não consigo mais olhar em teus olhos, pois toda vez que os encaro tu procuras em mim um sentimento que não existe, e tenho vontade de chorar por repulsa de mim mesma.
Carrego este teu amor não como um fardo, mas como uma punição. Pois me sinto um monstro por renegar com tanto desprezo o que sentes por mim, por não me deixar amar alguém como você. Inúmeras vezes tentei inutilmente te amar, mas não posso fingir sentimentos que da sua parte são tão verdadeiros. Por que me amaste ?
Um ser tão desajeitado, estúpido e medíocre, que vive de amores incondicionais de uma semana e que o vê somente como um amigo.

Sou indecorosa e impertinente, mas também sofro de paixões, sempre sofri. Hoje sinto pela primeira vez uma sensação diferente; não a rotineira do coração partido, mas a de partir um coração. Então, lhe imploro que não me ames, pois prefiro amar alguém e sofrer de amor a fazer alguém sofrer por mim.

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